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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ao Ao - Nossas lendas e nossos mitos

Ao começar escrever “Os sete guerreiros”, algumas linhas do enredo martelavam há anos. Uma delas era a de envolver na história seres mitológicos nacionais, ou da região, já que grande parte do que lemos é influência das lendas nórdicas. Mas a tarefa não era tão fácil, assim.

Elfos, dragões, e orcs já estão construídos em nosso imaginário, e a simples referencia, nos leva a estas figuras, enquanto pouco se sabe da mitologia tupiniquim, seja por falta de nosso próprio interesse, seja porque nossos índios, digamos, não eram chegados em deixar rastros de suas histórias.

Mas aí estava um desafio, pois considero que em “Os sete guerreiros”, a influência e a alusão a criaturas latino-americanas possa ser um diferencial ao leitor.

Um destes nascimentos são os Soldados Aho’s. Figura baseada na  mitologia guarani, do Ao Ao a temível criatura filho dos deuses Tau e Kerana, que emite o som característico que lhe deu o nome ao perseguir suas vítimas. Reza a lenda que se a pessoa tentar escapar subindo em uma árvores, este a circundará gritando “Ao Ao”, a e cavará suas raízes até derrubar a árvore e ter em suas presas sua vítima.

Uma de suas características é que quando localiza uma vítima para sua próxima refeição, persegue o infeliz humano por qualquer distância ou em qualquer território, não parando até conseguir sua refeição.


Por isso quando o descobri, logo pensei como inspiração para um soldado, que com todos estes atributos, é sem dúvida um voraz inimigo.

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