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sexta-feira, 30 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A jornada de um novo escritor, a minha jornada!

Até tomar a decisão que entraria de cabeça no projeto de tornar-me um escritor, tudo era um sonho. Mas depois de tomada a decisão, iniciou-se um planejamento, que está no início de uma jornada. E para não ser tomado de surpresa, ou me enganar, a primeira coisa necessária a ser feito, foi o reconhecimento deste setor. Nestas leituras encontrei o mais elucidativo artigo de um escritor para novos escritores, de autoria de Raphael Draccon, autor de Dragões de Éter, que vai para o 3º livro da série por uma das mais importantes casas editorias, a leya. Neste artigo publicado no blog o qual não passo um dia sem visitar, o Sedentário & Hiperativo, pude ter a noção clara do tamanho da jornada iniciada. Em cima de algumas considerações do artigo, utilizou para avaliar o meu caminho:

“Você, como escritor amador, vai ser recusado em praticamente todas as editoras que enviar sua obra, e a maioria delas nem vai ler seu original (e não as culpe; o número recebido por semana é estupidamente espetacular), e isso não importa quantos anos você tenha.”

Essa parte é dolorosa. Mas não apenas escritores recebem um não ao seu trabalho. Quanto ator perde um papel, uma modelo deixa de fazer uma foto. Acostumamos ver os trabalhos que eles fazem, mas desconhecemos o que foi rejeitado. Portanto para entrar de cabeça neste projeto, se temer rejeições, é bom nem iniciar. No meu caso, dentre dezenas de editoras a que enviei meu trabalho, algumas me disseram não, outras sequer isso, e duas mostraram interesse, e assim Os sete Guerreiros – David Bruno e a jornadas às tumbas do Rei Morto será lançado em 2010 pela editora Multifoco.

“As pessoas não o levarão a sério, e até a maior parte da sua família vai fazer pressão para você arrumar um emprego de verdade...”

Meus amigos. Levem isso a sério. E não fiquem bravos com eles. Provavelmente querem apenas seu bem. Para evitar isso, valorizo muito meu trabalho que é quem me sustenta, e provavelmente me sustentará por um bom par de anos.

Mas a melhor parte do texto do Raphael vem em algumas afirmações.

“Você vai precisar ser escritor de mais de um livro”

Como dizem o hábito faz o monge. Escrevam muito. Mesmo sabendo do lançamento de Os sete Guerreiros, continuo a escrever, tendo pronto mais um livro, em que estou lá naquela primeira etapa enviando originais, um por ser finalizado, sem contar minha participação em blogs e sites, onde já publiquei mais de 150 contos, a participação em uma antologia, além de colunas em jornais locais desde 2001.

“Você vai precisar ser seu principal divulgador”

Já vi novos autores reclamando antes mesmo de serem publicados em ter de auxiliar na divulgação. Quem não estiver disposto a isto, então não deve dar continuidade. Cristopher Paolini antes de Eragon ser lançado por uma editora maior visitava escolas e universidades para divulgar o livro editado pelos pais. Tenho levado isso ao pé da letra, criando um blog para falar sobre Os sete Guerreiros, além de booktrailers e no velho e bom boca a boca na web e o projeto após do lançamento do livro participar de feiras, eventos e palestras.

“Você vai precisar não ter sido uma criança normal”

Aqui eu ganho alguns pontos. Definitivamente não fui uma criança normal. E ainda não sou. Não vindo ao caso á infância conturbada, e os problemas familiares que os mais íntimos conhecem. O fato de que eu sabia de seres que moravam debaixo do sofá em que eu dormia na sala. Eram pequenos Duendes, que até hoje ninguém acredita que existiam. Está é minha parte normal. Das loucuras prefiro não falar.

Por falar em coisas anormais, não podia deixar de citar aqui minhas incursões oníricas que me perseguem desde a juventude. É cada sonho bizarro, que muitos dos conhecidos me chamam de anormal. Eu prefiro chamar de inspiração.

“Vai ter de aprender na marra que uma técnica própria e uma boa redação lhe fará um bom escritor. Um universo próprio que só você possa alimentar lhe fará um autor”

Essa é a parte diária da jornada. Hoje escrevo no mínimo 3 horas por dia [Se o cálculo das 10.000 for batata, não falta muito] sejam para os romances, contos ou artigos para imprensa. Como nos velhos filmes de Caratê, a prática aperfeiçoa os golpes. Antes de treinar, não esqueçam: o Daniel Sam apanhava muito!

“Você precisará gostar do mundo. Ou odiar o mundo. Mas em hipótese alguma ser indiferente a ele...”

Alguns dias eu o amo. Noutros o odeio. Mas gosto mesmo quando interajo com o mundo ou quando interfiro no dito cujo. E acreditem há várias formas para isso.


Se quiser ler todo o artigo do Raphael Draccon, está aqui.
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